Dia do Lixo

Dia do Lixo: fazer ou não fazer?

Se você é adepto do estilo de vida “fitness” ou segue pessoas desse meio nas redes sociais, muito provavelmente já ouviu a expressão “dia do lixo”.
 
Eu particularmente não gosto do termo “lixo”, porque afinal de contas estamos falando de comida, o que, na minha opinião, nunca deve ser tratada como tal.
 
Mas essa expressão é usada ao se referir ao dia livre, quando é liberada qualquer tipo de refeição, mesmo que ela não faça parte do plano alimentar saudável em questão. Muitas pessoas têm dúvidas com relação a esse protocolo. Pode? Não pode? O que comer? Devo fazer atividade física nesse dia?

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Dia do lixo ou refeições livres ?

Quando o assunto é perda de peso, a grande maioria dos adeptos à refeição livre obtém sucesso.

Um estudo publicado recentemente no periódico Journal of Consumer Psychology garante que refeições livres podem ajudar a controlar a sensação de privação alimentar, o que contribui com a aderência prolongada à dieta.

Saber que temos “direito” a uma ou duas refeições livres nos traz uma sensação de expectativa extremamente positiva para que nossa mente se mantenha focada no objetivo.

Há uma abordagem científica que justifica a necessidade de uma refeição livre. Ela está relacionada à leptina, uma proteína produzida pelo tecido adiposo que ajuda a regular o peso e a gordura corporal,pois influencia no apetite e no equilíbrio de energia do corpo.

A maioria das pessoas encontra dificuldade de aderência à dieta devido à restrição alimentar e muitas vezes calórica, o que acaba levando-as a falhas e à desistência….

Vamos pensar em um programa de perda de peso, onde o indivíduo apresenta um gasto energético semanal de 2500 kcal/dia. Na semana, seu gasto total é de 17500 kcal. De segunda a sábado, ele ingeriu 1500 kcal/dia, portanto, 9000 kcal. Se no domingo, ele comer o dobro, ou seja, 3000 kcal, sua ingestão calórica semanal será de 12000 kcal. Ou seja, ainda terá um déficit de 5500 kcal semanais, o que fará com que ele perca peso.

Então podemos concluir que, na prática, essa estratégia funciona sim. Além disso, não deixa você tão distante de comer aquilo que mais gosta em dias em que normalmente comemos fora de casa, com amigos e familiares.

Mas, pensando a longo prazo, aprendi a ter um pouco de cautela com essa prática. Deixar um momento específico para você liberar a dieta, pode desencadear distúrbios de comportamento, como compulsão alimentar.

 Não estou dizendo que nunca se deve “quebrar” a dieta. Mas isso deve ser algo natural, sem cobranças de ser em determinada refeição ou dia da semana. Sem contar que o controle e equilíbrio nessas refeições “fora da rotina alimentar adequada” são igualmente importantes.

 
 

Dia do lixo precisa ser no final de semana?

Vamos imaginar que na quarta-feira à noite você tenha um jantar especial. Se você conseguir se controlar, não vejo problemas em comer o que quiser e gostar, mas respeitando as quantidades.

Muito melhor do que se segurar ao máximo nesse dia diante dessa situação especial, para chegar no domingo e realizar um consumo exagerado de calorias vazias.

Lembrando ainda, que seria mais interessante ingerir mais calorias em um dia que se realize exercício físico. Se no domingo você não treina e ainda ingere muito mais calorias do que o habitual, você gera um desequilíbrio energético: além de aumentar a ingestão, você diminui o gasto calórico.

Portanto, se você gosta de reservar um dia no final de semana para não se preocupar com a qualidade e quantidade da alimentação, tente fazer exercícios físicos nesse dia.

Em meus alunos, vejo a grande preocupação em me apresentar um resultado positivo quanto à perda de peso e de medidas. Mas minha maior avaliação é sobre sua mudança de comportamento.

 O ideal é o aluno  ter uma  proposta alimentar para ser seguida, contendo opções de alimentos em cada refeição, dentro de sua rotina de atividades e exercícios.

Contudo essa proposta  é apenas uma parte do processo. A outra parte, muito mais difícil, está no autocontrole do aluno em “fugir” do programa alimentar, em momentos oportunos.

Ou seja, sair apropriadamente da dieta é mais difícil do que a seguir na risca.

dia do lixo

Dicas de como fazer o dia do lixo

Uma dica bem simples e interessante, que funciona muito bem , é o aluno ter consciência das suas fugas do programa alimentar. Vejo muitas pessoas ingerindo quantidades elevadas de alimentos com alto valor calórico, mas com propostas “fitness”.

Como por exemplo, uma receita contendo grandes quantidades de coco, pasta de amendoim, castanhas, amêndoas, manteiga ghee, tapioca, óleo de coco, além de outros ingredientes calóricos, mas com o marketing de: sem adição de açúcar, sem lactose ou sem glúten.

Baseado nessas informações, as pessoas comem sem culpa, ingerindo muitas calorias.

Costumo dizer que algumas vezes é melhor ingerir a receita da maneira que vai lhe dar mais prazer, mas que o faça de forma controlada. Preste bastante atenção em todos os ingredientes e suas respectivas quantidades. Não avalie uma receita ou produto apenas por uma característica!

Outra sugestão é não combinar vários alimentos calóricos na mesma refeição.

Imagine alguém comendo uma massa como prato principal, acompanhado de vinho, pão de entrada e seguido por uma bela sobremesa.

Seriam vários alimentos bem calóricos de uma só vez. Avalie o que você está com mais vontade no momento e desfrute.

Tome vinho, mas acompanhado de uma carne magra grelhada com uma bela salada. Coma um risoto ou uma deliciosa massa, mas sem vinho de acompanhamento.

Ou então, desfrute de sua sobremesa predileta, mas coma antes uma porção de proteínas com uma bela salada, reduzindo dessa maneira o impacto do açucar  na sua glicemia.

Conclusão sobre o ¨Dia do Lixo¨

Eu nunca fui adepto ao dia do lixo, mas sim a uma ou duas refeições livres por semana. Creio que um dia inteiro comendo besteiras poderia ser mais prejudicial do que benéfico….
 
Não existe um protocolo que atenda a todas as necessidades e objetivos, levando em consideração que a refeição livre deve estar de acordo com a realidade e as condições de saúde de cada um.
 
Um indivíduo que tem colesterol alto não pode exagerar nas gorduras saturadas, assim como aquele que tem pressão alta não pode exagerar no sódio, por exemplo.
 
Isso diz respeito inclusive à frequência das refeições e as quantidades. Há pessoas que comem uma refeição livre a cada 10 dias, outras comem duas por semana.
 
Uma dica que sempre dou aos meus alunos  é: evite fazer sua refeição livre muito tarde e tente priorizar aquele momento para desfrutar o sabor e prazer do prato.
Mas quando terminar, saia da mesa e tente não comer mais do que você aguenta pelo simples fato de que aquela refeição é um “prêmio” conquistado….
 

Viver em dieta é sim comer o que gosta, inclusive sendo compatível com uma vida social composta de jantares de negócios, festinhas de crianças, almoços de família, entre outras situações que complicam a manutenção de uma alimentação sem a presença de alimentos mais calóricos e menos nutritivos. O segredo está sempre no seu comportamento, visando manter o equilíbrio!